quarta-feira, 8 de novembro de 2017


À medida que envelheço,
sinto o tempo passando
mais veloz a cada dia
qual progressão geométrica.

Os anos da minha infância
eram lentos, vagarosos;
a vida era recordada
em dias, meses passados.

Hoje relembro mi’a vida
que vai avançando célere
e a conto como décadas,
como outrora eram meses.

Vejo a vida como um gelo
que cedo é lançado à terra
e no frio matutino
devagar vai derretendo.

Conforme avança a manhã
e o sol aquece o ar,
o degelo intensifica-se
e em breve o gelo morre.

É a vida inexorável
e o tempo de vivê-la
não se marca no relógio,
mas no que de fato é feito.


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