À medida que
envelheço,
sinto o tempo
passando
mais veloz a cada
dia
qual progressão geométrica.
Os anos da minha
infância
eram lentos,
vagarosos;
a vida era
recordada
em dias, meses
passados.
Hoje relembro mi’a
vida
que vai avançando
célere
e a conto como
décadas,
como outrora eram
meses.
Vejo a vida como um
gelo
que cedo é lançado
à terra
e no frio matutino
devagar vai
derretendo.
Conforme avança a
manhã
e o sol aquece o
ar,
o degelo
intensifica-se
e em breve o gelo
morre.
É a vida inexorável
e o tempo de
vivê-la
não se marca no
relógio,
mas no que de fato
é feito.
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